A privacidade no celular pode até parecer algo que nós abrimos mão rapidamente e não estou falando das pessoas que sabem sua senha. Aquela licença que damos para os aplicativos é mais séria que parece, envolvendo grandes empresas e a política internacional.
Privacidade no celular é papo sério
O produto é você
Serviços gratuitos de empresas de tecnologia como Google (YouTube, Drive) e Facebook (Instagram, WhatsApp) tem uma regra: “Se você não paga, o produto é você”. Você pode evitar isso quando encontrar a opção de aceitar ou não o uso de Cookies.
Mas o que são Cookies? São os dados de rastreamento que eles recolhem enquanto usa o serviço e estão em todos os espaços da internet. Portais de notícia normalmente avisam “Esse site utiliza Cookies”, pelo menos o aviso foi dado ali.
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Já aconteceu de ter conversado com alguém sobre querer comprar uma jaqueta e, DO NADA, apareceu um anúncio de jaquetas em algum site. É exatamente sobre isso que estou falando, Cookies que estão espalhados desde as buscas que faz, conversas em chat e até o microfone do seu celular.
Não é a toa que o dono do Facebook, Mark Zuckerberg, coloca um adesivo em sua webcam do escritório.
Não parece seguro? Não é
Se até mesmo os aplicativos com termos de privacidade são invasivos, tome cuidado com aqueles desconfiáveis. Tenha um pouco de instinto para identificá-los.
Quando você permite que usem seus dados do Facebook, seja em um jogo de celular ou teste de “Qual herói da Marvel você seria?”, não sabe para que usarão suas informações.
Polêmicas
A maior polêmica de todas relacionada ao uso de dados aconteceu em 2017, mas é uma novela sem fim. O jornal The New York Times denunciou o vazamento ilegal de mais de 50 milhões usuários do Facebook, usados pela empresa Cambridge Analytica.
Os dados podem ter sido utilizados, entre várias outras coisas, na campanha que elegeu o presidente americano Donald Trump e influência na votação do Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia).
O caso foi retratado pelo recém-lançado documentário “Privacidade Hackeada”, produzido pela Netflix.
Hoje, a rede social já admite que o número pode ser maior e até englobar todos usuários. Será que isso não acontece em outros países, incluindo o nosso?
Para onde isso caminha?
Ainda não existem leis tão decisivas para botar fim a esse controle, mas deve se tornar um debate muito frequente na próxima década.
Em protesto, o Facebook veem perdendo cada vez mais usuários, mas outras de suas redes sociais como Instagram e Whatsapp ainda são as mais utilizadas. Afinal, como não estar conectado nos dias atuais?
Atualmente, a melhor forma de nos prevenirmos é prestando mais atenção e buscando as configurações de privacidade nos nossos celulares, computadores e aplicativos. Porém, essa história ainda ficará mais e mais séria.