Mesmo conhecida como uma das profissões mais antigas do mundo, a troca de sexo por dinheiro, ainda é encarada com desprezo por grande parte da sociedade. Hipocrisia!
A indústria do sexo movimenta milhões em dinheiro e cada vez mais atrai homens dispostos a pagar bem por serviços sexuais.
Muitas das mulheres que embarcam nesta vida de luxuria se encontram em situações de extrema necessidade, e a promessa de dinheiro fácil neste nicho se torna tentadora. Uma hora com uma acompanhante pode custar R$300,00. Para muitas isto é a solução.
Para a vendedora Silvana, 41, é muito relativo responder se faria sexo por dinheiro. Na sua visão ela pensa que tem muitas meninas que vão para este meio porque “gostam da coisa e não querem trabalhar”, e acabam vendo isso com uma grande oportunidade de fazer a vida (unindo o útil ao agradável), e tem as que vão por pura necessidade. – “Não julgo ninguém do ramo, até mesmo porque acredito que a vida é sim muito difícil. Na maioria dos casos uma vida solitária”. Afirma!
Ao ser questionada se faria sexo por dinheiro, a universitária Bianca, 21, tem a seguinte opinião. – “A gente diz não, porque a gente não transaria com um cara só porque ele nos deu dinheiro. Mas quando nós queremos um cara, de certa forma, exigimos que ele nos leve a um bom lugar. Gostamos de ganhar presentes. Queremos que ele tenha um veículo próprio. Coisas que são obtidas através do dinheiro. Então eu não cometeria o ato da prostituição, mas também não saio com um cara que não tem dinheiro nem para o ônibus.”.
Mas para universitária Yngrid, 20, a proposta seria avaliada. – “Depende do valor e a pessoa, mas acredito que sim! Na crise que estamos eu aceitaria para pagar algumas contas”.
O tema é árido, e as linhas de raciocínio das entrevistadas são interessantes, pois cada sujeito é constituído em uma cultura de classes e desejos diferentes, mas a necessidade de cada uma é objetiva: sobrevivência.
Mas também muitas dessas mulheres são independentes, de classe média alta, e na base dos prazeres sexuais e ambições se tornam acompanhantes, e não no estereótipo da necessidade, ao mesmo tempo em que se beneficiam de bens materiais em decorrência do que fazem.
E na atualidade, os avanços tecnológicos acarretam mudanças no modelo convencional em que a troca de dinheiro por sexo se encontra. Um exemplo é o aplicativo Ohlala que poderia se assemelhar ao Tinder, se não fosse por uma diferença significativa: Os homens pagam em dinheiro por encontro com mulheres. Este aplicativo ainda não opera no Brasil. Iniciou na Alemanha em 2015, mais especificamente em Berlim, seguida por cidades como Frankfurt, Munique e Hamberg. Na soma dessas localidades o Ohlala facilitou mais de 2.500 encontros pagos.
Neste aplicativo os homens criam seus perfis e postam as sugestões de encontros, informando quanto estão dispostos a pagar e por quanto tempo. Esta proposta fica disponível no app por 21 minutos, tempo que as usuárias têm para analisá-la e responde-la. Se a requisição agradar, é só a mulher iniciar um chat com o usuário para combinar o encontro e acertar o pagamento. Os perfis femininos só podem ser vistos pelos homens quando as mulheres aceitam as propostas. Atualmente o aplicativo também está em funcionamento em Nova York, nos Estados Unidos.
E vocês acham que esse aplicativo faria sucesso aqui no nosso país? Dissertem.