Em um esporte altamente competitivo e com tecnologias avançadas como a Fórmula 1, a equipe alcançou um resultado incrível. A Mercedes Benz não apenas encontrou uma vantagem de desempenho importante em relação aos rivais, como também a manteve durante várias temporadas.

Conheça agora alguns dos motivos pelos quais a Mercedes Benz passou, e se manteve, muito a frente de seus concorrentes!

O fator Ross Brawn

O estratégia de domínio da equipe Mercedes Benz começou por usar o mesmo homem que liderou a era de ouro da Ferrari no início dos anos 2000.

Ross Brawn acabou se tornando o diretor de equipe da Mercedes no ano de 2008, quando ainda era propriedade da Honda, e comprou a equipe perto da temporada de 2009, depois da decisão do fabricante japonês de sair da Fórmula 1.

O que aconteceu daí em diante é que a equipe de Brawn, agora conhecida como Brawn GP, venceu os campeonatos de piloto e construtores da temporada 2009.

O sucesso veio também pela decisão da equipe, ainda em 2008, de projetar um carro que foi uma resposta perfeita para todos os novos regulamentos que foram introduzidos em 2009.

Brawn vendeu toda a equipe vencedora do título para a Mercedes no final da temporada.

Já em 2011, quando a FIA barrou os planos que a Fórmula 1 tinha de adotar motores turcos com 1.6 litros híbridos para 2014, Brawn voltou a tomar a frente da equipe e arquitetar os planos que viriam para as temporadas seguintes.

Mesmo tendo deixado a equipe antes da temporada de 2014, foi ele quem estabeleceu as bases do sucesso que se seguiu.

A Mercedes agiu na hora certa!

As sementes de domínio da Mercedes começaram a ser semeadas em 2011. De frente para uma era onde a unidade de energia (motor, componentes híbridos e recuperação de energia) desempenharia um importante papel no desempenho de um carro de corrida, a equipe de Brawn teve vantagens significativas.

A Mercedes construiu seu próprio chassi e motor, fazendo com que fosse mais fácil trabalhar ambos os lados e desenvolver uma solução possível. A Ferrari teve uma oportunidade parecida, mas não conseguiram capitalizar.

A partir do momento em que as novas regras foram anunciadas, Brawn escalou uma equipe com funcionários dedicados a resolver o enigma de 2014. Geoff Willis (ex Williams, Red Bull e Honda) foi contratado no fim de 2011 para liderar o grupo de planejamento da equipe.

Quando as regras do turbo híbrido foram confirmadas para a temporada de 2014, a Mercedes começou a investir forte na criação de seu novo carro. Procurando o melhor planejamento de design para o carro da equipe.

Geoff prestou muito pouca atenção às corridas de carros das estações de 2011, 2012 e 2013, focando somente no design do novo carro turbo híbrido para 2014.

Nesse meio tempo a Mercedes também investiu pesado no departamento de motores da equipe.

A ideia era produzir um carro que fosse confiável e rápido, fora da caixinha. A equipe Mercedes registrou no primeiro teste 50 voltas a mais do que qualquer rival, o que já mostrava ao mundo como a equipe estava apostando nos teste para ter o carro perfeito.

No tempo de parada nos box, eles trabalhavam para tornar o carro ainda mais rápido além de consertar falhas.

Eles pensaram além do convencional

Não era apenas o carro da Mercedes Benz e o motor que eram confiáveis, mas toda sua potência era muito diferente da Renault e da Ferrari.

A Mercedes Benz separou o turbo compressor na metade, colocando a turbina de admissão e compressor em extremidades opostas do motor e fazendo a conexão entre elas com um eixo longo.

O layout radical não tinha como objetivo apenas aumentar o poder, mas sim aumentar o desempenho de maneira geral.

Com esse novo design, o carro da Mercedes Benz passou a ser muito menor e mais aerodinamicamente eficiente do que os rivais.

A configuração também foi para um motor mais responsivo, com maior desempenho dos sistemas de recuperação de energia, além de uma melhor eficiência do combustível e melhor centro de gravidade do que os rivais poderiam conseguir.

Apesar de outras equipes que contavam com motor Mercedes possuírem as mesmas vantagens, somente a equipe da Mercedes Benz, que desenvolveu todo o conceito, conseguiu projetar um chassi que explorasse plenamente todos os benefícios.

A Mercedes vem ganhando os campeonatos nos últimos anos, sendo mais rápida do que qualquer outro, e chegando muito a frente de seus adversários. Além de optar por estratégias muito mais eficientes para seus pilotos.

Seus pilotos podiam disputar entre si

Quanto maior for a competição, maior é a raça, já diziam por aí. A Mercedes seguiu esse pensamento quando permitiu que seus motoristas concorressem uns com os outros pela vitória.

Historicamente, os times que possuem vantagens em desempenho em relação aos rivais não permitem que os motoristas lutem entre si.

Por exemplo, no auge da fase dominante da McLaren nos anos 80, Ayrton Senna e Alain Prost decidiram que o homem que chegasse a primeira curva primeiro ganharia a corrida. Também conhecemos o exemplo clássico de Rubens Barrichello, que não podia ultrapassar Michael Schumacher.

Diferente disso, a Mercedes preferiu deixar pilotos disputarem entre eles. Eles são permitidos inclusive em adotar estratégias diferentes de pneus e pitstop sempre que possível para tentarem se superar mutuamente.

O resultado disso é que os dois pilotos dão muito mais garra à competição, já que continuam competindo o máximo que podem apesar da sua vantagem sobre o resto dos rivais.

A tentativa dos rivais em alcançar a Mercedes

O inverno europeu oferece sempre às equipes de Fórmula 1 a oportunidade de se reagrupar e reiniciar, aprendendo com os problemas da temporada anterior e melhorar para a temporada seguinte.

Tanto a Ferrari quanto a Renault esperavam que pudessem conseguir alguma vantagem sobre a Mercedes nas últimas temporadas, mas falharam. A Mercedes Benz vem refinando a cada temporada uma arma já requintada.

O departamento de motores trabalha para melhorar a eficiência da unidade de energia. O foco nisso tem sido a eficiência da combustão e perdas da fricção.

Esse constante planejamento e evolução tem sido a maior preocupação nos departamentos de motores da Renault e da Ferrari.

E você acompanha Formula 1? Sabe de algum outro bom motivo para a superioridade da Mercedes Benz nos últimos anos? Conta pra gente nos comentários!

 

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